Ontem, segunda-feira, recebi em meu gabinete o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rogerio Hamam. O objetivo de sua visita foi dar início, em Ribeirão Preto, ao projeto Recomeço. Um projeto que desenvolvido entre Prefeitura, Secretaria de Estado da Assistência Social e comunidades terapêuticas. Vamos começar acolhendo oito dependentes químicos que aceitaram o tratamento de forma voluntária em parceria com algumas entidades assistenciais do nosso município. A parceria com o Governo do Estado limitou 300 pacientes para os próximos meses. O número faz parte de um projeto piloto.
Para fazer parte do programa, é necessário que o paciente busque a recuperação voluntariamente. O encaminhamento será feito pelos profissionais que trabalham nos Centro de Referência da Assistência Social (Cras), unidades básicas de saúde, Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps/AD), UPA e unidades básicas distritais de saúde de nossa cidade. O tratamento não tem custo para o dependente químico. Quem repassará a verba para o tratamento será o Governo do Estado de São Paulo diretamente para as comunidades terapêuticas. Para isso será necessário credenciá-las junto à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.
O paciente receberá um cartão com seus dados. A comunidade terapêutica receberá autorização para receber os pacientes pelo programa. E é o Cartão Recomeço que vai servir para controlar a presença do dependente em seu tratamento.
Para que o trabalho seja desenvolvido, será repassado pelo Governo do Estado às entidades credenciadas o equivalente a R$ 1.350 por mês, a cada paciente, por até 180 dias.
Ribeirão Preto, com grande trabalho na área de reinserção social, é uma das 11 cidades que recebem o Cartão Recomeço nesse início de projeto. Uma oportunidade importante, que será totalmente aproveitada.
A dependência química é um grande desafio a ser enfrentado, não apenas por gestores públicos, mas pelas famílias. Principalmente pelas famílias. E, claro, pelos próprios pacientes. É preciso força de vontade para vencer as drogas. É preciso apoio e estrutura para que os dependentes químicos contem com o suporte necessário para ultrapassar esse obstáculo.
Todos nós conseguimos vencer. Quando lutamos com fé, quando batalhamos com intensidade, alcançamos nossos objetivos. Ouço muitas histórias de vitória dos pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Ribeirão Preto. Esse projeto atende adultos, crianças e adolescentes. Faz, da luta de cada dia, uma luta conjunta.
Para os próximos anos, queremos ampliar a rede de atenção psicossocial. É nosso plano, também, dar andamento ao programa “Crack É Possível Vencer”, do Governo Federal. Em Brasília, estive com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Por meio dela, consegui duas bases móveis de segurança, que farão um amplo trabalho de combate às drogas.
As políticas públicas, aliadas à força de vontade e ao desejo de vitória do paciente, podem fazer a diferença. Podem, de gesto em gesto, mudar a vida de muitas pessoas. Podem trazer oportunidades a quem quer mudar a realidade. Porque recomeçar é possível. Basta querermos. E, se você busca informações, entre em contato com a equipe do CAPS, na Rua Pará, 1.280.
Dárcy Vera
Prefeita de Ribeirão Preto
(artigo publicado na edição de 8 de outubro de 2013, no jornal Tribuna)
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