quarta-feira, 21 de março de 2012

OUTRO CAPÍTULO SOBRE O AEROPORTO LEITE LOPES

Enquanto o governo do Estado investe em outros AEROPORTOS administrados pelo DAESP, em Ribeirão Preto o DAESP quer que o Município repasse verba para o ESTADO para que os investimentos sejam feitos. Não foi isto que foi combinado com o Governador Geraldo Alckmin no Palácio Bandeirantes em 2011. Tanto que o próprio governador afirmou várias vezes em entrevistas para a imprensa local que a prefeitura ficaria responsável pelo NOVO ACESSO VIÁRIO do entorno do AEROPORTO e o Governo do Estado, via DAESP, com as demais obras, inclusive desapropriação. No dia 28 de dezembro do ano passado, na entrega de 250 moradias populares em Ribeirão Preto, o Governador Geraldo Alckmin disse que tinha boas notícias em relação ao aeroporto Leite Lopes e textualmente disse: “foram concluídos os estudos da chamada curva de ruído e o Governo do Estado vai pagar as desapropriações”. Ficou claro para Ribeirão que na desapropriação estava incluso a transferência das famílias para outro local.
Na segunda-feira última, estivemos em São Paulo para leitura da minuta do convênio para dar início às obras de deslocamento da pista do aeroporto para sua efetiva internacionalização. Se tudo estivesse como FOI COMBINADO COM O GOVERNADOR, a minuta seria assinada no mesmo dia. Não entendi até agora o que aconteceu. O Secretário de Transportes do Estado, Saulo de Castro veio com nova proposta, alterando o que o governador havia dito. Fomos pegos de surpresa com a nova proposta. Outro fato que me chamou a atenção é que o Superintendente do Daesp, Ricardo Volpi (que havia repetido à imprensa local o que dissera o Governador), o presidente da DERSA (Laurence de Lourenço) e o Procurador Jurídico (Ivan Agostinho) da PGE não se manifestaram. Eles sabiam do compromisso já assumido, mas diante da pressão do Secretário de Transporte, sequer abriram a boca para confirmar as definições das últimas reuniões. O Secretário Saulo queria que eu fizesse o remanejamento orçamentário de 15 milhões para REASSENTAMENTO até agosto deste ano. Falou que era um absurdo a Prefeitura não remanejar 1% do orçamento. Afirmei que não tinha como fazer esse remanejamento, mesmo porque o orçamento deste ano foi votado e aprovado pela Câmara no ano passado. Não se pode alterar essa realidade na Administração Pública. O secretário disse que só quero aparecer na questões que envolvem o AEROPORTO LEITE LOPES, que fico cobrando soluções do Estado, que gosto de dar entrevistas e dizer NOSSO AEROPORTO, mas não quero ajudar a pagar essa conta. Afirmei que a prefeitura já se comprometeu com a malha viária e vai MANTER o compromisso, mesmo a obra sendo obrigação do ESTADO, porque o aeroporto é administrado pelo Estado, através do Daesp e não pelo município.

Em MINHA OPINIÃO, essa mudança de atitude, noticiada pelo secretário, pode ter várias interpretações políticas e administrativas, sendo:

1) Adiar o início das obras novamente (com mais capítulos nesta novela mexicana).
2) Jogar a culpa na Prefeitura para justificar o atraso da obra.
3) Criar dificuldade para dar voz a algum "salvador" da pátria.
4) Dar crédito político a outras pessoas que não participam desta cobrança pelo aeroporto.
5) Ou o Secretário Saulo desconhece as entrevistas que o governador disse na imprensa local.
6) Ou é pura e simplesmente um jogo eleitoral, onde a maior prejudicada será a cidade de Ribeirão.

Todas as entrevistas que concedi nos últimos anos para imprensa envolvendo o aeroporto tinham como fonte de informações o ex-superintendente do Daesp. Sérgio Camargo é quem me passava as informações. Ele, no entanto, dizia uma coisa para mim e outra para a imprensa. Quando tentavam desqualificar meu discurso, ele negava minhas colocações. Mas a verdade, como sempre ocorre, veio à tona e o então superintendente do Daesp tornou-se um ex-superintendente.

Todos sabem da minha luta pelo AEROPORTO e quanto isso tem desgastado minha relação com o Governo do Estado. Ocorre que minha briga é para que Ribeirão receba investimentos. Eu brigo por essa cidade. Eu defendo Ribeirão. Nós precisamos de um AEROPORTO INTERNACIONAL e de investimentos para que a cidade continue competitiva e atrativa para o mercado comercial. O aeroporto está perdendo espaço no Brasil devido a inércia de muitos que poderiam ter feito e não fizeram. Nem sequer é possível explicar por que a empresa que ganhou o processo licitatório para construção do GALPÃO ALFANDEGÁRIO tenha demorado quase 10 anos para colocar o primeiro tijolo, sem qualquer notificação judicial de cobrança pelo DAESP.

Mas não desisto nunca de minhas lutas. Por isso, começo hoje um manifesto na cidade pedindo a população que leu nos jornais ou assistiu as entrevistas do governador afirmando que o Estado ficaria responsáveis por todas as obras, inclusive as desapropriações, me ajude a cobrar do governador do Estado o início das obras no aeroporto, para ainda este ano. Chega de esperar. O povo já esperou demais. Ribeirão Preto não pode ficar à espera da vontade de alguns para que isto se realize. Corremos o risco de ficar os mesmos 100 anos esperando soluções, como ocorreu com o caso das enchentes que castigou comerciantes e moradores por um século. Eram discursos bonitos, gente cheia de boa vontade, mas sem iniciativa para solucionar o problema.  O mesmo ocorreu com a AGRISHOW quejá  havíamos perdido para São Carlos quando assumi a Prefeitura. Virei motivo de "chacota" quando não tive apoio e comecei a campanha  "FICA AGRISHOW". Enfrentei comentários maldosos e críticas doloridas, mas graças a DEUS deu certo. A AGRISHOW FICOU. Quantos anos será que a população deverá esperar para ver o AEROPORTO que sonhamos para Ribeirão? - Sei que depois que publicar esse texto, muitas críticas virão. Não me importo, quero que ATENDA A NOSSA CIDADE. Quero que atenda RIBEIRÃO!

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