O fim das enchentes

Amanhã, 12 de agosto, será uma data muito importante para mim e para Ribeirão Preto.
Depois de 80 anos convivendo com as constantes enchentes na região da baixada, daremos um grande passo para resolver em definitivo este problema que atinge muitas famílias e comerciantes da baixada e da Vila Virgínia.

Como cidadã, muitas vezes fui até esses locais durante as enchentes e assisti, sem poder fazer nada, famílias inteiras perderem todos seus bens. E mais do que isso, verem seus sonhos sendo levados pelas águas do ribeirão preto.

Sei que com o início das discussões com os moradores para desapropriação, iremos descontentar algumas pessoas. Porém não posso me furtar de minhas responsabilidades.

Pessoalmente, gostaria que houvesse o menor número de desapropriações, porque sei da importância que aquele espaço representa para os moradores.

Ali muitos nasceram, cresceram e viveram toda sua vida. Retirá-las de lá, não é apenas uma questão física, mas é algo que mexe com o sentimento de cada um deles, porque criaram raízes com o local.

O número de casas definido no estudo, que deverão ser desapropriadas é acima do que eu esperava. A simulação feita é matemática . A matemática é exata, mas a natureza não. Sem as obras, as águas continuarão invadindo casas e destruindo sonhos.

Pedi aos técnicos que estudassem a possibilidade de avaliar se a parte mais alta, depois de adequada e protegida contra a enchente, pudesse ser usada para construção vertical, prestigiando aqueles que querem permanecer lá. Ainda não tive resposta.

Peço que Deus esteja no comando das decisões, para que o melhor aconteça.